O Último Dia do Ano

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Nesta aventura a dupla recém formada Migkayan Belfort e Tarta Auril investigam o sequestro do Barão de Fayartheme no último dia do ano de 565 VII.

Essa foi uma aventura one-shot (uma sessão apenas) retirado de fragmento das comunidades do Orkut em meados de Março de 2009.

Descobertas em Fayartheme

Migkayan e Tarta já estavam a 4 dias em Fayartheme, a capital do baronato homônimo, mas que recentemente recebeu o titulo de Baronato do Grifo, se recuperando dos ferimentos e se estabelecendo após meses aprisionados em alguma ilha/fortaleza da Espada Vermelha.

No 3º dia Migkayan ouviu falar do seu irmão em uma taverna local. Ele descobriu que Rickson fez parte da “Marcha do Grifo”, um evento recente que marcou a história de todo o baronato e tornou-se famoso em toda Dulamar. Tratou-se de uma revolta armada de aldeões das vilas e vilarejos localizados na Floresta Zalina que se juntaram aos famosos “bandidos de Zalina” para lutarem contra o atual governo tirano e corrupto do Barão Roderick. Eles estavam sob a liderança do ex-Barão Arkhelt, que revelou ter sido vítima de um golpe de Roderick a pouco mais de 2 anos. Os rebeldes foram combatidos com aço por Roderick e a batalha final foi a frente dos portões de Fayartheme. No fim, os rebeldes venceram, Roderick foi deposto e Arkhelt voltou para o governo como um herói. Rickson era um dos guerreiros treinados que fez parte desta revolta, além de ser um companheiro próximo de Arkhelt.

Devido a isto, Migkayan procurou falar com o Barão, que jurou falar com ele no outro dia. Passaram-se mais 3 dias e Migkayan resolveu partir na manhã do 7º dia, mas na manhã deste homens do barão o convocaram para se apresentar ao mesmo. Migkayan e Tarta foram recebidos por Arkhelt, que lhe explicou toda a história e a participação de Rickson. Ele contou que poucos dias após a vitória dos rebeldes, Rickson e alguns companheiros partiram para a cidade de Rwanth, ao sul. Contam que ele ajudou a salvar a cidade de uma mágica poderosa que adormeceu a todos, mas em seguida, partiu sem deixar muitas informações. Tempos depois, Arkhelt ouviu falar que Rickson e seus amigos foram vistos pela última vez na Vila Zont, no Ducado de Erzyl, após matarem um gigante, partindo em seguida para a capital do Ducado. Esta foi a última notícia que Arkhelt teve sobre Rickson e Cia.

Satisfeito com as informações, Migkayan agradeceu, contudo, antes de partir, aceitou o convite do Barão para que ele e Tarta ficassem em Fayartheme até o festival de fim de ano, no dia posterior. Na residência do barão eles puderam conhecer Sarah, a futura esposa do Barão, uma meia-elfa sacerdotisa de Drazmya que estava grávida de 8 meses. Eles também conheceram Godfrey e Stefan, guarda-costas pessoais do barão.

O ano de 568 VII Prd. estava chegando ao fim e o povo do baronato estava ansioso para que este dia chegasse. Todos acreditavam que o ano novo seria de mudanças, renovação e muita prosperidade no novo Baronato do Grifo.

Ou talvez não…

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Brasão do Baronato de Fayartheme

Aventura one-shot: “O Último Dia do Ano”

Na manhã do 8º dia, o último dia do ano, Migkayan e Tarta foram surpreendidos pelo Capitão da Guarda de Fayartheme, Capitão Belverius, e seus homens, que queriam que entregassem as armas e o seguissem até a residência do barão. Lá, descobriram que o barão havia sido sequestrado na noite anterior e eles eram suspeitos, pois foram as últimas pessoas vistas com Arkhelt, fora os residentes da casa. Todos ficaram muito aflitos e nervosos. Após uma longa conversa, um anão chamado Rudfren também apareceu e parecia ter ficado inconformado com o rapto de Arkhelt. Sua noiva Sarah também estava aflita, mas queria uma solução rápida. Após investigarem os cômodos e procurarem os guarda-costas do Barão, descobriram que Stefan foi encontrado amordaçado e ferido dentro de um armário no quarto de visitas, mas Godfrey estava desaparecido e seu cavalo não estava nos estábulo. A suspeita aumentou ao descobrirem um bilhete em seu quarto, que dizia:

“Antes do fim deste dia quero 20.000 moedas de ouro ou Fayartheme não terá mais barão algum. Levem o ouro em báus, dentro de uma carroça na estrada principal da floresta guiada por apenas dois homens, durante a noite. Caso nada seja feito até os primeiros raios do novo ano, ou se tentarem nos enganar, o corpo do Barão será exposto na praça principal até o meio-dia.” 

O recado deixou todos nervosos e apreensivos. O responsável, ou responsáveis, pelo rapto não pareciam estar brincando. O preço que estavam cobrando era praticamente mais que os recursos do barão e amontoar esta quantia seria muito difícil. Então, todos resolveram agir. Foi assim o Cpt. Belverius decidiu organizar a guarda pra fazer uma busca pela cidade, redondezas, interrogar suspeitos e procurar como levantar o montante caso não encontrassem Arkhelt.

Migkayan, Tarta (que a essa altura deixaram de ser suspeitos para serem aliados) e Stefan seriam responsáveis por investigar os rastros deixados pelo cavaleiro ao deixar a residência do barão.

Após horas e horas, Tarta se mostrou um grande rastreador seguindo os rastros deixados pelo cavalo de Godfrey, preservados graças a chuva da noite anterior. Além disso, ele encontrou o anel e pedaços de pano deixados para trás pelo Barão Arkhelt, que aparentemente não estava desacordado. Stefan estava a cavalo e tinha adiantado o caminho a frente de Migkayan e Tarta diversas vezes, segundo ele para poder questionar fazendeiros se não tinham visto nada, além de alertar alguns guardas sobre a localização do trio. Os três chegaram ao entardecer na Floresta Zalina, onde começaram a seguir por dentro da mata. Por volta das 18:30, o cavalo de Godfrey pôde ser avistado, sozinho, preso a uma árvore.

Após investigar a área, Tarta descobre mais rastros humanóides, e todos resolvem segui-los. Quando chegam em um ponto coberto por arbustos, Tarta resolve retirá-los, para perceber em seguida um corpo de bruços. Ao virá-lo surpreende-se ao ver o corpo de Godfrey! Neste momento, das sombras surgem inimigos que estavam prontos para lutar. Uma mulher ruiva, bastante forte, saiu das trevas brandindo um machado de guerra e parecia liderar o ataque. Além dela, haviam outros três soldados do baronato, que eram os vigias noturnos que facilitaram a fuga do raptor, que era nada mais nada menos que Stefan!

O combate era eminente, os inimigos planejaram a emboscada. Tarta e Migkayan descobriram que Stefan se chamava Randick e possivelmente ele e a sua companheira, Verânis, uma clériga de Gyratos, eram os cabeças do sequestro. Após muita adrenalina, a dupla mata os raptores em um combate muito difícil.

Tarta volta a procurar rastros, que dessa vez levam até um casebre. Lá encontram mais um soldado, assustado, jurava matar o barão, desacordado e amordaçado caso não deixassem ele escapar. No fim conseguiram convencer o soldado a se entregar, sem derramar mais sangue. Arkhelt despertou e agradeceu a dupla, que após pegarem alguns equipamentos e o tesouro dos inimigos, voltaram para Fayartheme antes do fim do ano. Graças a montaria alada de Migkayan, o barão chegou em tempo em Fayartheme.

No final, todos se juntaram ao barão em um banquete particular sem que ninguém descobrisse sobre o seu rapto. O barão ainda teve tempo de dar o seu discurso tão esperado, que falava sobre esperança, renovação e um futuro digno ao povo do Baronato do Grifo. Migkayan e Tarta puderam beber e comer, além de descansar dos ferimentos, que ainda estavam doloridos, mesmo após serem curados por clérigos a pedido do Barão.

Ainda durante a noite, Migkayan resolveu cumprir a promessa para a clériga de Arantos, Elisa, e a levou para um passeio alado com seu pégasos Skander. Juntos, sobrevoaram a cidade de Fayartheme do alto e sentiram a brisa da noite e os raios das luas Alumis, Verânis e Grunlab.

O fim desta noite foi solitária para Tarta, que apenas refletia sobre suas ações em algum local isolado da cidade, tomada pela alegria e festas. Ele refletia sobre suas ações, sobre o que houve na floresta e sobre o seu futuro. Seus pensamentos e devaneios ficaram sendo observados apenas pelas estrelas e pelas luas.

As lembranças do combate na floresta ainda estavam marcadas na mente de ambos, neste que havia sido o último dia do ano…

Aventura Posterior: “A Maldição de Talundil, 1ª parte: Alvorecer Sangrento”

OBS: Os personagens Migkayan Belfort e Tarta Auril, pertencentes aos jogadores Marcelo Guimarães e Bruno Brito participaram também da trilogia A Maldição de Talundil. Hoje, esses personagens jogadores viraram NPCs.

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Sobre o Autor: Bruno Gonçalves

Mestre Aposentado, criador do cenário de campanhas Arzien, jogador de RPG a mais de 18 anos nos diversos cenários dos mestres da Orbe dos Dragões. Atualmente escreve sobre RPG, Dicas de Mestre e Cenários de Campanha.

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